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2017, Sacrilegens
Embora a percepção popular comumente apresente um conflito intratável entre “Religião” e “Ciência”, o estudo acadêmico contemporâneo do fenômeno religioso vem mostrando como sua interseção pode ser positiva, unindo disciplinas das Ciências Humanas, Sociais e Naturais na tentativa de fornecer o relato mais completo possível, não somente na descrição de comportamentos e crenças religiosas, mas para o porquê do cérebro humano operar do modo como o faz. Porém, valer-se de pesquisas científicas para elucidar a cognição religiosa é apenas parte desse cenário, uma vez que tal forma de percepção também pode esclarecer o que foge à Ciência em suas suposições laboratoriais. Na construção de uma relação experimental, abre-se, assim, um fascinante espaço para o entendimento de como os humanos se desenvolveram e qual seu potencial para posteriores transformações.
Religious beliefs and experiences are increasingly being recognized by contemporary scientific research as natural phenomena, subjected to the same evolutionary, cognitive and neural mechanisms that characterize other forms of human behaviour. From an evolutionary perspective, such beliefs and experiences became possible only by the development and the concatenation of various structures in the brain, given the specific requirements of the biological adaptation process.The cognitive science of religion has also been indicating how religious experience could be explained on the basis of fundamental perceptive, linguistic and cognitive processes. These approaches seem all to converge to a comprehensive understanding of the natural origins of religion, although sometimes they diverge in terms of details and perspectives. This paper presents a review of the contributions in this research area, and discusses their empirical foundations and theoretical and methodological limitations. The authors review the cognitive functions presumed to be in the genesis of religious rituals and beliefs in supernatural agents and phenomena. The paper also presents the literature on the neurophysiology of religious beliefs and experiences, including recent investigations concerning the neuroestimulation/neuromodulation of beliefs. The authors discuss the implications of these studies to the broader field of the science of religion.
Estudos de Religião, 2011
Desde o caso Galileu, ciência e religião se opuseram e, muitas vezes, confrontaram--se por causa das direções dos seus olhares: uma em direção a este mundo e a outra em direção ao outro mundo. Atualmente, porém, os neurocientistas defendem que se pode estudar de um ponto de vista objetivo as experiências religiosas por meio de metodologias de neuroimagem e de visualização in vivo da atividade cerebral. Este artigo pretende analisar se é possível descrever a experiência religiosa em termos neurológicos. Procura-se indicar como a experiência religiosa é tratada, continuamente construída e reconstruída por intermédio da implementação de diversos dispositivos experimentais e teóricos. O corpo de referência é constituído por uma série de estudos recentes que procuraram descrever as bases neurais de experiências religiosas diferentes entre si. Os resultados indicam que o pesquisador pode ter acesso aos efeitos (cerebrais, eletrofisiológicos, comportamentais) da experiência, mas nada pode dizer deles se não confrontar essa experiência com o self-report dos sujeitos. Apenas pode realizar um mapeamento formal dos efeitos. Palavras-chave: Neurociência; religião; fenomenologia.
Anais do IX Congresso da ANPTECRE - Sessões Temáticas, 2023
A neurociência da religião é uma tentativa de descrever e explicar o pensamento e o comportamento religioso no nível do cérebro. Esta área tem como objetivo identificar os substratos neurobiológicos desses mecanismos.No entanto, a neurociência às vezes é usada de forma inadequada por não especialistas, que desejam aumentar a credibilidade de determinados relatos cognitivos ou evolutivos da religião, sugerindo uma ligação com o cérebro físico. Para evitar usos especulativos da neurociência em outras disciplinas da religião, os pesquisadores dessa área sugerem que seja definida de forma mais restrita como pesquisa científica sobre religião, que se baseia principalmente nos métodos e teorias usados nas ciências do cérebro. Mas por outro lado as dificuldades encontradas para aplicações dependem de uma importante questão, que é ao nosso ver fundamental para a associação deste campo com a mística: a mediação. O objetivo de nossa comunicação é de demonstrar as dificuldades de explorar o que em nossa pesquisa definimos por dimensão fisiológica da mística em função da mediação. A partir de uma pesquisa bibliográfica, sobre as dificuldades da análise empírica dos experimentos em Neurociência da Religião, para explicar o comportamento religioso no nível de questões fisiológicas do cérebro, pretendemos enumerar algumas das dificuldades dessa atividade que não levam em conta a questão da mediação. Com isso pretendemos demonstrar que apesar das indicações da existência de uma camada fisiológica, ela não é uma “verdade última” porque depende de mediação do místico.
Objetivo: A investigação tem crescido ultimamente em torno do tema em questão, para além da psicologia, filosofia e teologia, nos campos da neurociência, neuroteologia e biologia. O aparecimento dos recentes estudos nestes campos incita uma nova compreensão em torno do tema. A experiência religiosa encontra-se intimamente ligada ao funcionamento de certas partes cerebrais. O propósito deste estudo é descrever que partes são essas, a sua condição e que favorece tal funcionamento no ser humano. Método: Os estudos foram investigados nas seguintes bases de dados: Ebsco, b-on, PsycInfo, MEDLINE e Google schoolar com datas estabelecidas de 1980 até 2015. As palavras- chaves escolhidas foram “religious experience”, “brain”, “self”, “mystic experience” “psychology” “neuroscience” “God Module”. Foram revistas também as referências dos artigos escolhidos e com base na referência dos autores mais citados, estes também foram escolhidos para revisão. A partir dessa revisão foi possível uma maior análise dos processos cerebrais incluídos na experiência religiosa, como na construção desta com uma base biológica, hereditária e a posteriori, afectiva. Resultados: Existe de facto várias estudos que comprovam que certas estruturas cerebrais estão associadas à experiência religiosa. Existe inclusive alguns genes que estão associados à experiência religiosa (VMAT2) e uma variância positiva aos traços hereditários (h2= 0.28-0.72; sendo que 0.72 refere-se ou fundamentalismo religioso). Porém tais fatores não podem ser reduzidos à causa, mas sim condição possível. Os resultados do seguinte estudo parecem responder de forma positiva à questão formulada e fazem uma ligação a uma certa funcionalidade no desenvolvimento do self. Conclusão: Os nossos resultados conectam de facto a experiência religiosa ao funcionamento cerebral. Este facto pode nos levar a colocar como hipóteses certas funcionalidades da experiência religiosa. Estas provam ser uma vantagem para o desenvolvimento e bem-estar do ser humano, principalmente no desenvolvimento do self. Palavras-Chave: Cérebro; Experiência religiosa; Experiência Mística; Self; Psicologia; Neurosciência;
Anais da 35° Congresso Internacional da SOTER, 2023
Em nossa tese de doutorado "Na intimidade do Coração: a mística na vida e obra de Chico Xavier", apresentamos, inspirados pelo conceito computacional de algoritmos chamado dividir para conquistar, uma metodologia de análise da mística que propõe dividi-la em camadas. Essa metodologia é similar a aplicada na computação, que define a construção do caminho pelo qual se constrói o pensamento de maneira a visualizar a ideia dividindo-a, de algo complexo a pequenas unidades, para que a lógica de um processo seja compreendida. Nesta divisão em camadas propomos a divisão da mística em duas dimensões, à primeira chamamos de dimensão fisiológica ou fenomenológica, quando se pensa a partir da mente humana e de características básicas do ser humano inclusive em seu campo fisiológico; e a segunda, de dimensão experiencial ou interpretativa, quando se toma por base a cultura, os costumes e as tradições. Estas dimensões por sua vez, em nosso conceito, são divididas em camadas menores. O objetivo de nossa comunicação é de explorar um dos aspectos da dimensão fisiológica da mística, a partir de uma pesquisa bibliográfica, no que tem sido tratado por Neurociência da Religião, que é a tentativa de descrever e explicar o pensamento e o comportamento religioso no nível de questões fisiológicas do cérebro. Para tanto vamos visitar os principais conceitos dessa área e procurar estabelecer uma relação da mística e da espiritualidade com o assunto e como ela é abordada por estes estudos. Com isso pretendemos identificar as principais aproximações do tema com a nossa tese de uma base comum para as experiências místicas.
Estudos de Psicologia (Campinas), 2012
O que é ciência(s) da(s) religião(ões)?
REVER: Revista de Estudos da Religião, 2018
Texto em domínio público, originalmente publicado em 1924 como o terceiro capítulo do Religionswissenschaft: Prolegomena zu ihrer wissenschaftstheoretischen Grundlegung ("Ciência da religião: introdução ao seu fundamento teórico-científico", em português). Essa obra foi desenvolvida por Wach como pré-requisito de sua habilitação em ciência da religião pela Universidade de Leipzig. Em 1988 esse texto foi traduzido ao inglês como Introduction to the History of Religion. Aqui, mantivemos o sentido original, ou seja, de que Religionswissenschaft diz respeito à ciência da religião, e não à história. Além disso, o método de citações foi adaptado aos padrões da REVER. Ao passo que no original as citações foram feitas em notas de fim, aqui elas estão inseridas dentro do próprio corpo do texto. O capítulo em questão possui seções, mas elas não são nominadas pelo autor. Isso foi mantido nessa tradução.
Contribuições da neurociência para a filosofia da mente: um diálogo possível Neuroscience contributions to the philosophy of mind: a possible dialogue Flavio Kulevicz Bartoszeck (a) , Amauri Betini Bartoszeck (b) (a) Formado em Filosofia, pós-graduando em Neuropsicologia, Faculdade Pe. João Bagozzi. Consultor do Instituto de Neurociência & Educação
Revista Adventista, 2017
V ivemos num mundo estruturado sobre a tecnologia e que, por isso, é incrivelmente dependente dela. Graças ao avanço científico, somos capazes de enviar robôs a outros planetas, carregar computadores na palma da mão ou amarrados ao pulso e até modificar o código genético de espécies. No entanto, a ciência nem sempre teve essa precisão e status. Os "cientistas" da Idade Média trabalharam em condições bem precárias, comparadas às atuais. E essa diferença não se explica somente pelo abismo tecnológico e de conhecimento que separa os dois períodos, mas também pelo modo com o qual as pessoas interpretavam os fenômenos naturais. Alguns estudiosos defendem a ideia de que existe uma relação íntima entre a forma com que a Bíblia (o livro da revelação especial de Deus) era interpretada e como a natureza (o livro da revelação natural de Deus) era estudada. Este artigo pretende mostrar como o método de interpretar o texto sagrado redescoberto pelos protestantes teve impacto no modo de fazer ciência.
REVER - Revista de Estudos da Religião - ISSN 1677-1222, 2017
A pesquisa científica contemporânea sobre as crenças e experiências religiosas tem, cada vez mais, enfatizado a importância de reconhecê-las como fenômenos naturais submetidos aos mesmos mecanismos evolutivos, cognitivos e neuronais que caracterizam outras formas do comportamento humano. De uma perspectiva evolucionista, tais crenças e experiências só se tornaram possíveis graças ao desenvolvimento e à ação concatenada de várias estruturas no cérebro, em função das exigências próprias do processo de adaptação biológica. A Ciência Cognitiva da Religião tem também indicado como a experiência religiosa pode ser explicada a partir de processos perceptivos, linguísticos e cognitivos básicos. Tais abordagens parecem cada vez mais convergir para uma compreensão das origens naturais da religião, ainda que por vezes divirjam nos detalhes e recortes utilizados. O presente artigo tem como objetivo apresentar uma revisão dessas contribuições, discutindo sua fundamentação empírica e suas limitaç...
Custa a crer que as sociedades que abandonaram qualquer forma de religião sentem ser invadidas rapidamente por outras formas suscetíveis de dominação mental e comportamental ritual das mais diversas e graves, evidenciando um único sintoma que é a crise de abstinência de significância existencial.
Teocomunicação
Desde o caso Galileu, ciência e religião se opuseram e, muitas vezes, confrontaram--se por causa das direções dos seus olhares: uma em direção a este mundo e a outra em direção ao outro mundo. Atualmente, porém, os neurocientistas defendem que se pode estudar de um ponto de vista objetivo as experiências religiosas por meio de metodologias de neuroimagem e de visualização in vivo da atividade cerebral. Este artigo pretende analisar se é possível descrever a experiência religiosa em termos neurológicos. Procura-se indicar como a experiência religiosa é tratada, continuamente construída e reconstruída por intermédio da implementação de diversos dispositivos experimentais e teóricos. O corpo de referência é constituído por uma série de estudos recentes que procuraram descrever as bases neurais de experiências religiosas diferentes entre si. Os resultados indicam que o pesquisador pode ter acesso aos efeitos (cerebrais, eletrofisiológicos, comportamentais) da experiência, mas nada pode dizer deles se não confrontar essa experiência com o self-report dos sujeitos. Apenas pode realizar um mapeamento formal dos efeitos. Palavras-chave: Neurociência; religião; fenomenologia.
A presente pesquisa é fruto de uma bolsa de Iniciação Científica, concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq (2011- 2012). O trabalho tem como essência o tabu existente entre a Psicanálise e religião o que levou e motivou a investigação científica do tema. Partindo-se dos teóricos clássicos que, dentro do círculo psicanalítico, debateram sobre o tema estão Freud e Jung. Estes dois teóricos foram impulsionados a formularem discussões sobre a exclusão ou a inclusão do tema religiosidade dentro da comunidade psicanalítica.
CPAH Scientific Journal of Health
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o poder da fé é estudado desde os anos 1980 no país e os estudos afirmam que a fé influencia na saúde mental, física e biológica. No entanto, tudo que é divino, quando colocado em discussão, é limitado pela própria linguagem que reflete apenas alusões daquilo que se imagina e se encontra no mítico e no religioso. Devido a isso o objetivo do presente estudo foi compreender a influência da fé em indivíduos religiosos e naqueles considerados ateus, em relação as funções neurológicas cerebrais. A pesquisa foi realizada a partir de um levantamento da literatura no portal de periódicos eletrônicos SciELO, PubMed, Science Direct e PsycINFO. Sendo assim, é fato que a religião pode ser um fator preservador da vida podendo auxiliar o indivíduo a tratar uma patologia como a depressão ou ansiedade, podendo evitar até mesmo o suicídio.
2005
DISCUTE A PROPOSTA DE UM NOVO MODELO PARA O BEHAVIORISMO, O BEHAVIORISMO COGNITIVO, QUE O VINCULA À NEUROCIÊNCIA
Sacrilegens, 2020
Convergência temática entre psicologia e ciência da religião: o poder emblemático do sentido Thematic convergence between psychology and the science of religion: the Resumo: O estudo científico em religião é basicamente um esforço na direção do objeto religião, que tem traços e características observáveis tanto no campo fenomênico da experiência dos sujeitos quando no campo das símbolos culturais. Semelhantemente tem aos chamados processos psicológicos ou comportamentais. Ao pensar nas inúmeras possibilidades de interação entre os objetos de ambas a ciências foi possív uma série de conflitos e tensões um tanto implícitas que tem separado estas áreas. Assim, o objetivo deste trabalho teórico é propor abertura de diálogo interdisciplinar em que serão destacadas as principais possibilidades conceituais de integr as áreas. Ao longo da exposição serão elaborados os principais conceitos que tocam tanto o objeto religioso quanto o da psicologia.
Revista Relegens Thréskeia, 2015
Psicologia e religião despertam o interesse dos diversos segmentos constituintes da sociedade brasileira. A relação entre psicologia e religião é estudada nas mais diversas esferas da religião, como também é objeto de estudo nos meios acadêmicos, que buscam compreender empiricamente as implicações desta relação, algumas vezes tensa, mas também harmoniosa. A proposta do presente texto é apresentar uma reflexão sobre a relação entre psicologia e religião, tomando como fonte de análise as contribuições de dois escritores cristãos. De um lado está o reverendo Eduardo Carlos Pereira (1855-1923), que deixou o catolicismo romano para filiar-se ao presbiterianismo brasileiro. Do outro está o padre jesuíta Leonel Franca (1893-1948), que se destacou como reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Os debates entre os dois escritores cristãos ocorreram no contexto de um Estado não confessional, entre o final do século XIX e parte do século XX.
Perspectiva Teológica, 2017
A relação entre corpo e alma ou entre corpo, alma e espírito é um problema antigo da antropologia, inclusive na teologia cristã. A questão continua em pauta hoje diante de novas descobertas e teorias nas neurociências. Praticamente migrou para a discussão da relação entre cérebro e mente. Hoje é consenso bastante amplo que quem comanda o corpo é o cérebro. Se aceitarmos isto, quem está no comando do cérebro? Sou eu, em primeira pessoa, minha alma, minha mente? Ou seria “ele”, em terceira pessoa, nosso próprio cérebro me determinando? E como ficaria na segunda pessoa – o ser humano como estando em relação a Deus a quem o chama de “tu”? Querendo superar preconceitos contra uma neurociência determinista e uma teologia despreocupada com a ciência – e estas próprias posições, onde são defendidas –, o presente artigo procura tratar da condição humana em sua liberdade sempre precária e tolhida. Recorrendo à abordagem neurobiológica e psiquiátrica de Joachim Bauer, argumenta pela importância das relações do ser humano com o outro, com Deus e com o mundo, numa forma de ressonância (Hartmut Rosa).
Phainomenon, 2003
De um modo geral, o publico interessado em Filosofia sabe que a Filosofia da Mente contemporiinea se encontra estreitamente ligada as ciencias cognitivas. Porem, nem sempre a natureza desta ligar,:ao e efectivamente conhecida. Irei tentar expo-la neste ensaio. Para o fazer, comer,:arei por apresentar os pressupostos basicos sobre os quais ambas estas disciplinas assentam; tentarei, em seguida, tanto mostrar quais sao as consequencias mais importantes que deles se deixam extrair, como delinear o problema crncial que elas necessitam de resolver; salientarei ainda o facto de que a Filosofia da Mente contemporiinea e as Ciencias cognitivas se distinguem por serem sensiveis a diferentes aspectos deste problema crucial; finalmente, exporei as dificuldades que a Filosofia da Mente experimenta no tratamento que faz do aspecto do problema ao qua! ela e especialmente sensivel. Comecemos pela considerar,:ao dos pressupostos. A Filosofia da Mente contemporiinea e as Ciencias cognitivas partilham o mesmo conjunto de pressupostos essenciais. Estes sao basicamente dois. 0 primeiro e uma concepc;;ao naturalizada de o que ea mente. Esta concepr,:ao deixa-se exprimir por meio de uma definic;;ao como a seguinte: uma mente e um dispositivo centralizado de controlo, o qua! se encontra realizado nalguma estrutura fisica, e que comanda o modo como um certo numero de objectos fisicos complexos se comportam nas suas interacc;;oes com o mundo. 0 segundo e um determinado ponto de vista acerca dos seres dotados de mente. Este ponto de vista deixa-se caracterizar do seguinte modo: os seres dotados de mente podem, e devem, ser adequadamente descritos como sistemas cognitivos. Para que esta caracterizac;;ao deste segundo pressuposto possa ter um conteudo substantivo, e necessario complementa-la com uma elucidac;;ao da expressao 'sistema cognitivo'. Que e, entao, um sistema cognitivo? Basicamente, um sistema cognitivo e um sistema fisico cujo comportamento obedece a seguinte lei geral: se o sistema tern um determinado objectivo 0, ou desejo D, e se tern armazenadas no seu interior determinadas crenc;;as, ou itens de conhecimento, C 1, ... , Cn, de acordo com os quais a efectuar,:ao de uma acc;;ao A conduz a obtenr,:ao do objectivo O (ou a realizac;;ao do desejo D, consoante a terminologia que se preferir), entao o sistema efectuara a acc;;ao A. Repare-se que esta lei e uma expressao daquilo a que tambem se poderia chamar um principio de racionalidade agencial. Deste modo, a caracterizai,;ao dos seres dotados Uma primeira versao deste artigo foi publicada em versao electr6nica no n. 0 6, de Dezembro de 2001, da revista virtual lntelectu, a qua] se encontraon/ine no site Phainomeno11, n. 0 5/6, Lisboa, pp. 451-460.
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