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2015
Seja através dos percursos intrincados de um rio ou da insaciável imensidão dos mares e dos oceanos, a fluidez destes espaços assegura a ideia de ligação, de comunicação e transmissão de experiências. Tendo em conta este pressuposto, as obras audiovisuais que servirão de base a este texto, saídas da vertente ensaística do cinema contemporâneo, procuram estabelecer uma série de conexões interdisciplinares, que o próprio meio permite, fazendo uso da polifonia de registos, de vozes e de contextos, aglutinados num processo aberto e forçosamente incompleto.
Percorrer o vasto espaço para experimentar suas múltiplas potencialidades. Transpor as fronteiras. Evocar um surrealismo do real. Transgredir as convenções estabelecidas. Inventar um presente eterno. Desestabilizar. Deslocar referências. Estranhar. Andar por andar. Errar. Vagabundear. Deambular. Vagar. Peregrinar. Migrar. Perder e encontrar. Viajar para conhecer a própria geografia. Esta pesquisa se envereda na reflexão o espaço vivido, categoria de análise fenomenológica da geografia, em atravessamentos com a filosofia, antropologia, artes e literatura num ensaio dissertativo sobre a experiência da viagem como uma prática georeferenciada num tempo-espaço que é externo e interno, e que se alimenta desses fluxos para conceber a existência de um e de outro. Espaço, homem e movimento são inerentes em sua condição de presença no mundo. O ser-estranho e o ser-estrangeiro alimentam o mito da errância naquilo que é mais espontâneo da história da humanidade: o impulso do desconhecido-de nós mesmos e de outros lugares, do longínquo. O movimento então se torna matéria vertente da vida e nela, o habitar só se faz possível em meio à transitoriedade.
Revista Vazantes, 2020
Enquanto artista-pesquisadora e docente, compartilharemos relatos de experiências nesses trânsitos entre o fazer, o pesquisar e o mediar processos criativos e formativos na área do cinema expandido. Ancorada na metodologia, a/r/tografia que atua em múltiplos e flexíveis papéis em sua trajetória profissional, compartilharemos os atravessamentos das encruzilhadas em um “rolê epistemológico”, cruzando o saber teóricometodológico com o saber da práxis, refletindo sobre a importância do elemento espacial no processo criativo e na produção de uma instalação audiovisual.
Ao Programa de Pós-graduação em Comunicação da PUC-Rio, coordenado pela Prof a . Cláudia Pereira, pelas oportunidades e incentivos proporcionados ao longo do meu Curso de Doutorado. Estendo meus agradecimentos à direção do Departamento de Comunicação Social, Profª. Angeluccia Habert, aos professores do PPGCOM e à equipe administrativa, especialmente, Marise Lira de Souza. À CAPES e à PUC-Rio, pelo apoio financeiro concedido, sem o qual este trabalho teria sido inviabilizado. À FAPERJ, pelo apoio outorgado ao meu Estágio de Doutorado na Universidade de Birmingham, RU, em 2016. Ao Prof. Simon Yarrow, pela sua parceria na realização desta pesquisa e por seu apoio durante a minha passagem pela School of History and Cultures da Universidade de Birmingham, RU. Agradeço também a outros professores da escola que me receberam durante esse período, especialmente, à Prof a . Juliet Gilbert e ao Prof. David Gange. Sou grata à Universidade de Birmingham pelo auxílio financeiro concedido. Ao convênio PUC-Rio/Brown University pelo auxílio de viagem concedido para a minha visita ao Departamento de Modern Culture and Media da Brown University, EUA. Estendo meu agradecimento à Profª. Lynne Joyrich por ter me recebido na universidade. Ao meu marido, Mauricio Badolato, por todo amor, incentivo, colaboração e companhia. Sua ajuda e compreensão foram fundamentais para a realização deste trabalho. À minha mãe, Heloisa, e ao meu pai, Hermano, pelo amor, apoio e exemplos de vida. Aos queridos amigos e familiares que, em diversos momentos e de várias formas, acompanharam e apoiaram a minha trajetória no Doutorado:
Ilha do Desterro A Journal of English Language, Literatures in English and Cultural Studies, 2017
http://dx.doi.org/10.5007/2175-8026.2017v70n2p71Neste ensaio, proponho pensar em possibilidades de leitura de obras literária que não se restrinjam à tradição hermenêutica e abram espaço para uma vivência afetiva da literatura, isto é, para seus efeitos sensoriais, perceptuais e emocionais. Para tanto, entendo que a tendência muitas vezes chamada pós-humanista – que se volta, por exemplo, ao pensamento etológico e a reflexões oriundas da ficção científica – pode ser complementada pela antropologia, e o perspectivismo ameríndio, na configuração de um espaço híbrido na consciência, em um imaginário somático e cinético.
Cinema e Outras Artes IV: Diálogos e Inquietudes Artísticas, 2021
Este ensaio tem como objetivo analisar a utilização do espaço de um conjunto de filmes designados como 'single-set films', de acordo com as suas influências iniciais no teatro de câmara, com especial preocupação na maneira como subvertem o seu próprio conceito de espaço único. Recorrendo a exemplos de vários 'single-set films', tentaremos explicar a sua nomenclatura e caraterísticas, explorando o seu passado teatral com os trabalhos de Max Reinhardt e de August Strindberg, bem como o conceito de unidade de espaço no cinema, que configuram os 'single-set films', na sua noção absoluta, como uma designação perversa devido às necessidades narrativas da linguagem cinematográfica e da gestão do espaço diegético.
Resumo: Esse trabalho mapeia o universo das narrativas de viagem. Resgata a trajetória do gênero a partir de Homero (VIII a.C), registrando escritores, missionários, exploradores, cientis-tas, peregrinos e imigrantes de destaque que praticaram essa modalidade literária. Sugere tam-bém três categorias de narrativas de viagem: ficcionais, não-ficcionais e mistas. Após a consoli-dação do jornalismo ocorrida no século XIX, abarca a produção dos jornalistas-escritores que se dedicaram à prática. O artigo elenca a produção contemporânea mais relevante, internacional e nacionalmente, apresentando publicações atuais em que a narrativa de viagem pode ser encon-trada, destacando a importância do segmento livro-reportagem. Para finalizar, reflete a ligação da modalidade com o Jornalismo Literário e áreas irmãs do conhecimento, como a etnografia e antropologia, ressaltando o papel transformador dessas narrativas para o produtor e o leitor.
Os mundos entre nós: políticas do espaço no cinema documentário, 2019
Em que medida o cinema documentário pode inventar formas compartilhadas de pensar e de se engajar no espaço? “Os mundos entre nós: políticas do espaço no cinema documentário” busca abordar as diversas questões espaciais envolvidas nas práticas fílmicas de grupos historicamente excluídos dos processos de tomada de decisão sobre as cidades. São indígenas, quilombolas, moradores de ocupações urbanas e jovens em situação de rua que, por diferentes contextos e meios, passaram a produzir seus próprios filmes e articular novas formas de lidar com o mundo a partir da imagem. Dissertação de Mestrado orientada por Renata Marquez
Uma das principais características dos estudos que envolvem a geografia contemporânea diz respeito a questões que lidam com a produção de pensamento sobre o espaço a partir de temáticas e abordagens diferentes daquelas alinhadas com os paradigmas dominantes e hegemônicos da produção de conhecimento geográfico (ex.: tecnicista, positivista, cientificista, etc.). São tomados como objeto de estudo e análise quaisquer obras da cultura, que são entendidas como gestos políticos de ação no mundo, as quais estão por realizar, de alguma forma, uma “grafia” do espaço. Este artigo teve por objetivo discutir, a partir das referências do pós-estruturalismo e da filosofia da diferença, uma atividade realizada com alunos do curso de Geografia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O propósito da atividade foi a produção de relatos de viagem a partir da ideia de pensamento menor discutida por Deleuze e Guattari, aproximando Geografia e Arte como forma de criar possibilidades outras de explicar o mundo: aproximando afetividade de efetividade política.
Escoamento -é a deformação contínua de um fluido que sofre a ação de uma força tangencial, por menor que ela seja.
O presente artigo pretende refletir sobre os possíveis desdobramentos e/ou efeitos gerados pelo uso da fotografia fixa, enquanto material de composição, na feitura de um filme-ensaio. Partimos do pressuposto que a presença da foto na tela de cinema é capaz de gerar um efeito de suspensão no ritmo do filme. Por meio desse congelamento temporal é possível que o espectador se desvencilhe, ao menos em parte, do fluxo narrativo e se permita pensar no cinema. Por tal perspectiva, pretendemos realizar uma análise fílmica do curta-metragem A festa e os cães (Leonardo Mouramateus, 2015), para, enfim, propor que o uso da imagem fixa no filme-ensaio, em particular, para além de reforçar a convocação deu um " espectador pensativo " , é capaz de gerar uma " imagem pensativa ". Palavras-chave: Filme-ensaio. Fotografia. A festa e os cães (filme).
PALAVRAS-CHAVE: Viagem, arte, fotografia, paisagem, desterritorialização. Esta pesquisa toma como ponto de partida um trabalho artístico de minha autoria composto por uma série de fotografias realizadas ao longo de várias viagens, entre origens e destinos variados. Estas imagens revelam tão somente 'paisagens intermediárias', espaços vazios aos quais corresponde também um tempo muito específico. A partir do conceito de 'desterritorialização' proposto por Deleuze como uma abertura para o encontro com o outro, o novo e o diferente, propomos pensar a viagem como via de acesso ao processo criativo e este, por sua vez, como uma viagem imaginária, cujo resultado são as obras de arte. ABSTRACT THE FORCES OF LANDSCAPE: FLUID JOURNEYS WITH NO DESTINATION YNAIÊ CINTRA DAWSON
2016
Resumo: Este artigo aborda algumas experiências criativas desenvolvidas dentro do projeto em andamento "Viagens, viajantes e imagens em movimento", iniciado pela autora em 1993, sob o título D'Estradas, com a realização do documentário Passante, sobre personagens das estradas brasileiras e, posteriormente, de Mundança, acerca de viajantes sem destino certo nos trens da extinta FEPASA, ambos premiados pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. A despeito de seu caráter predominantemente documental e histórico, esse projeto engloba, além dos documentários citados, alguns trabalhos de ficção audiovisual e uma instalação interativa, realizados a partir do mesmo material bruto, tendo a montagem/edição como um ato criativo fundamental, uma escrita com imagens e sons.
Texto Digital
Esse artigo discute o filme-ensaio, sobretudo o live-cinema, demonstrando a singularidade estética desse tipo de produção audiovisual contemporânea. O trabalho buscou organizar a bibliografia internacional e nacional a respeito do assunto, além de apresentar exemplos de performances desta vertente cinematográfica.
pela torcida e amparo. Aos professores Gustavo de Castro e Michel Maffesoli, pela sabedoria compartilhada. Aos professores Nancy Berthier e Alberto da Silva do CRIMIC pelo acolhimento e contribuição. Aos diretores, professores e funcionários da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília pelo apoio institucional. A CAPES, pelo apoio financeiro à pesquisa. RESUMO MORAES CAVALCANTE, Denise. Cinema de ficção contemporâneo e modos de habitar transitórios. 2014. Tese (Doutorado em Comunicação)
2023
O livro aborda obras literárias, fílmicas e de ficção televisiva, em textos apoiados na narratologia e na análise bakhtiniana do discurso, além de em outras orientações teóricas. A respeito da obra, Suzi Frankl Sperber (UNICAMP), diz: "Os textos de Luiz Antonio Mousinho, a serem lidos como unidades em si, cada um, razão pela qual o leitor pode até reencontrar reflexões de um texto em outro, têm duas tônicas fortes: a voz narrativa e suas dimensões e variações, confrontadas ou divergidas da voz narrativa na tela, em over, ou em off, ou direta, de cada personagem, produzindo efeitos de consenso ou dissenso com a imagem. Esta é uma das tônicas que abarcam o fazer artístico – literário e cinematográfico, seja um filme, seja um seriado de TV. A outra tônica reside na desigualdade social brasileira e na maneira como os discursos literário e cinematográfico lidam com ela. Subsidiário a esta tônica existe o correlato de que as vozes são jovens. Como as obras observadas abrangem um leque de um século, e de diversos mundos, as personagens repercutem características que marcam o espaço, o correr do tempo, a ação e reflexão, a linguagem criada".
Revista X
Este artigo objetiva analisar a importância do espaço na construção de sentidos na narrativa fantástica, tomando como exemplo o conto Onírico de Caio Fernando Abreu. A partir da análise desse conto, podemos ver como o autor transporta para o seu texto questões que afetam o sujeito pós-moderno, especialmente as relacionadas às relações humanas muitas vezes marcadas por laços frágeis e inconsistentes. Dessa forma, nesta narrativa, o fantástico e o insólito atuam para representar a realidade cotidiana e a fragilidade das relações humanas. Nosso suporte teórico será desenvolvido a partir das ideias de Roas (2012), Ceserani (2006), Gama-Khalil (2012), Borges Filho (2007), Brandão (2013), entre outros.
2017
Este artigo parte do desejo em considerar a experiencia estetica a partir de uma intima contaminacao com a vida social e politica. Tentamos levantar algumas observacoes teorico-metodologicas sobre a relacao conectiva da imagem com algumas forcas que a excedem. Trabalhamos com a nocao de devolucao, para pensar, de um lado, como um filme se devolve aos sujeitos filmados e, de outro, como ele se desloca rumo ao espectador. Nosso escopo e uma producao brasileira recente que solicita recursos expressivos da ficcao para narrar experiencias intimamente ligadas ao vivido. Essa estrategia ficcional se insere aqui como uma possibilidade fundamental de engajamento dos sujeitos interpelados pela escritura do filme. No que tange a analise, nos dedicamos aos filmes “A vizinhanca do tigre” (Affonso Uchoa, 2014) e “Branco sai preto fica” (Adirley Queiros, 2014). Palavras-chave: Devolucao. Estetica. Politica. Ficcao. Comunidade.
www.razonypalabra.org.mx
Resumo O texto apresenta reflexões sobre a constituição da linguagem cinematográfica e suas diferentes formas de organização. O cinema é visto como uma arte expressiva de muitas individualidades, inserida em um contexto sócio-histórico responsável por construir diferentes representações da realidade. Tais reflexões são subsidiadas por referenciais teóricos dos estudos da linguagem e do discurso e ilustradas com cenas de filmes brasileiros. As diversas possibilidades de relacionar os signos que compõem a mensagem cinematográfica propiciam múltiplas formas de representações, o que nos leva à reflexão de que a linguagem "hollywoodiana" consumida na sociedade é apenas uma das formas de apresentação da linguagem cinematográfica, e o gosto estético do público pode ser incentivado a partir da divulgação mais efetiva de outras constituições da linguagem do cinema.
Olekszechen, N. (2021). Narratives on the move: processes of subjectivation, production of space and cyclomobility. (Doctoral Thesis).
Intexto, 2024
Nosso objetivo é investigar de que forma a compreensão do filme-ensaio conectada à noção de estética do fragmento nos permite reconhecer as potências expressivas das imagens utilizadas pelas obras do domínio ensaístico do cinema. Além disso, pretendemos verificar quais as consequências discursivas para o filme-ensaio realizado com fragmentos de imagem provenientes de regimes de expressão distintos. Partimos da hipótese de que os fragmentos de imagem são capazes de atuar como fragmentos de pensamento, pelo caráter de pensatividade das imagens conquistado por meio do encontro de distintos regimes de expressão artística. Para tanto, realizamos uma análise de conjunto de reflexões preliminares sobre o filme-ensaio por nós desenvolvidas ao longo dos últimos anos. Por fim, sinalizamos que, por meio do exercício de montagem, o filme-ensaio se constrói pelo arranjo desses fragmentos de pensamento imagéticos.
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