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2017, Cadernos do Desenvolvimento
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CADERNOS do DESENVOLVIMENTO, Rio de Janeiro, v. 12, n. 21, pp. 71-97, jul.-dez. 2017 | 71 3. Dados coletados por Carneiro (2002) mostram que diversos países "em desenvolvimento" ficaram excluídos dos primeiros anos da globalização financeira dos anos 1980, visto que os fluxos de portfólio, que passaram a ganhar protagonismo nas finanças globalizadas se dirigiram essencialmente para países desenvolvidos. 4. Contudo, foge do escopo deste artigo abordar a segunda perspectiva com profundidade. A década perdida: da restrição externa ao declínio do nacional-desenvolvimentismo brasileiro CADERNOS do DESENVOLVIMENTO | 73 irá abordar brevemente algumas reformas institucionais adotadas pelo Estado brasileiro ao longo da década de 1980, as quais devem ser analisadas em conjunto com as decisões de política econômica implementadas no mesmo período. Por fim, serão sintetizadas as principais considerações finais do artigo.
Resumo: Na literatura associada a história econômica do Brasil, o "novo -desenvolvimentismo" se refere às discussões acerca da perspectiva teórica e política associada aos governos Lula (2003Lula ( -2010 e Dilma (2011 -2016). Considerando o ainda recente processo de impeachment ocorrido em 2016, à partir dos escritos de autores que se dedicaram à crítica ao desenvolvimentismo no período de 1930 a 1980, e autores contemporâneos, busca-se realizar uma análise da trajetória histórica do "novodesenvolvimentismo", de forma a se ter elementos que propiciam uma explicação para a ruptura da base política de sustentação dos referidos governos e da própria perspectiva teórica. Isso através da crítica à ideia da existência, e participação, do "grande empresariado nacional", ou da "nova burguesia nacional, na liderança da frente política representativa de um projeto "novodesenvolvimentista". Palavras chave: "novo-desenvolvimentismo"; governos Lula e Dilma; "nova burguesia nacional"; desenvolvimento nacional. "New -Developmentalism" in Brazil: genesis, rise and fall.
São Paulo em Perspectiva, 2005
O artigo argumenta que a combinação de três fatores contribuiu para o fraco desempenho do sistema brasileiro de inovação nos anos 90, principalmente quando comparado com a de seus principais competidores no mercado globalizado: no domínio econômico, foram baixos os investimentos em áreas onde a incorporação de novos conhecimentos é essencial; no domínio tecnológico, cortes em áreas (educação, P&D, etc.) essenciais para inovações em tempos de economia do aprendizado; no domínio institucional, a adoção da não política industrial/tecnológica como política de desenvolvimento.
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação
O presente trabalho propõe a retomada do debate sobre o desenvolvimentismo como modelo econômico apto a mitigar as injustiças sociais. O objetivo central do trabalho foi responder à pergunta: “por que o Brasil precisa de um projeto nacional de desenvolvimento?”. Adotou-se como método de pesquisa a revisão bibliográfica e a abordagem hipotético-dedutiva. Os objetivos específicos do trabalho foram: entender a relação entre o dirigismo constitucional com a manutenção do subdesenvolvimento pelas elites hegemônicas porque isso prejudica tanto o País. Conclui-se que os objetivos da Constituição da República poderiam ser mais facilmente alcançados mediante mudança no modelo econômico e implementação de políticas públicas de geração de emprego e renda pelo Estado.
2010
O fracasso do Consenso de Washington e das políticas macroeconômicas baseadas em altas taxas de juros e taxas de câmbio não competitivas em gerar crescimento econômico levou a América Latina à necessidade de formular estratégias nacionais de desenvolvimento. O novo desenvolvimentismo é uma estratégia alternativa, não apenas à ortodoxia convencional mas também ao antigo nacional-desenvolvimentismo latino-americano.
A análise do projeto desenvolvimentista brasileiro, 2021
O presente estudo pretende analisar a trajetória do planejamento econômico no Brasil no período de 1956 – 1976, destacando os planos econômicos que tinham como ênfase o desenvolvimentismo. Para efetivar a análise, examinamos os seguintes planos econômicos: Plano de Metas (1956-1961), Plano Estratégico de Desenvolvimento (1968-1970), além do primeiro e segundo Plano Nacional de Desenvolvimento, 1971 - 1973 e 1974 - 1979, respectivamente. Ao realizar a análise do período, foi constatado que o privilégio à política econômica desenvolvimentista teve existência na proposta tanto de crescimento econômico, como também, na instalação da indústria no país, mesmo que este último não tenha sido de forma completa. Porém, em contrapartida, a adoção das políticas desenvolvimentistas, comprometeram a capacidade de endividamento do país, piorando a inflação do país no período. Mesmo com os desequilíbrios gerados na época, é inegável que o período desenvolvimentista tem destaque na história econômica do país e que, desde então, o Brasil não foi capaz de alcançar o mesmo ritmo de expansão econômica.
No contexto da sobredeterminação financeira que governa o capitalismo contemporâneo, o ciclo de desenvolvimento brasileiro que perdurou de 2003 a 2014 constitui uma experiência bastante particular, limitada e contraditória. Na presente tese, procurou-se lançar mão da Teoria das Estruturas Sociais de Acumulação a fim de poder abordar aquele processo sob três prismas distintos e articulados: o das instituições políticas forjadas no esforço de redemocratização do país, que constituíram sua ossatura; o da dinâmica econômico-financeira em um período de preços internacionais favoráveis e expansão do consumo interno, que orientou as estratégias de valorização do capital no período; e o das políticas de Estado centradas no atendimento das demandas dos trabalhadores e dos estratos sociais mais vulneráveis (sem agredir os interesses das elites econômicas nacionais) que lograram galvanizar uma agenda minimamente coerente – a qual, embora precária e de fôlego curto, foi capaz de mudar de forma importante o panorama social brasileiro.
O Brasil experimentou, na primeira década do século XXI, um raro círculo virtuoso de crescimento econômico combinado com redução das desigualdades e da pobreza. A ousada política anticíclica adotada para enfrentar a grave crise internacional iniciada em 2008, levou o país à condição de virtual pleno-emprego em 2014, quando mundo afora os empregos evaporavam. Com o país a caminho de se tornar a quinta economia do mundo, consolidando-se como um ator crescentemente relevante no cenário internacional, Lula ganhou destaque internacional inédito, capaz de eleger sua sucessora, uma outsider do mundo político, que ainda assim conseguiu recolher, no início de 2013, taxas de popularidade superiores às de seu antecessor e mentor. Mas o cenário político e econômico mudou radicalmente. As grandes manifestações de massas em junho de 2013 parecem ter sido o gatilho para que o experimento neodesenvolvimentista de Lula e Dilma, que parecia sólido, começasse a desmoronar. Os três anos entre março de 2013 e março de 2016 levaram Dilma, das maiores taxas de aprovação já registradas por um presidente do país, ao impeachment, evento raríssimo no presidencialismo de coalização. O que explica a derrocada dessa experiência neodesenvolvimentista e a destruição inesperada de parte substantiva do seu legado? Este trabalho pretende contribuir para a elucidação dessa questão, sistematizando suas contradições centrais e partindo de um balanço da experiência neodesenvolvimentista brasileira, de suas origens e dinâmica, identificando os mais importantes atores, instituições e ideias nela envolvidos. Pretende-se sobretudo, evidenciar os complexos elos entre a dinâmica econômica e política deste período crítico. A partir de uma releitura crítica da história do desenvolvimento institucional brasileiro, procura-se identificar as raízes mais profundas da atual crise institucional vivida pelo país. Apoiado na literatura sobre dependência da trajetória, mudança institucional, arranjos e arenas institucionais e política industrial, conclui apontando o impasse estrutural subjacente a essa crise.
2017
Para discutir o significado do termo Neodesenvolvimetismo, e poder analisar a partir dai o periodo dos governos populares no Brasil (Lula I e Lula II, e Dilma I), parece interessante comecar com uma reflexao a respeito do termo original, qual seja Desenvolvimentismo. Como veremos melhor mais adiante, a experiencia brasileira a partir de 2003 ensejou, depois do soterramento experimentado durante o interregno liberal (1990-2002), o ressurgimento das cinzas do tema desenvolvimento e, com ele, como nao poderia deixar de ser, do tema Desenvolvimentismo.
Resumo: O presente texto visa tratar das atuais demandas do nacional desenvolvimentismo brasileiro, ou o que resta dele, conforme se observa nas análises mais recentes. Inicialmente tentou-se fazer uma digressão histórica para que a discussão fosse situada no tempo para então ser realizada uma espécie de diagnóstico com as ferramentas postas, embasado nos modelos interpretativos dispostos, o método histórico-dedutivo de Celso Furtado e João Antônio de Paula. A formação do capitalismo brasileiro e o seu desenvolvimento atrelado serão analisados e tratados para tentar se entender alguns detalhes o que muitas vezes passam despercebidos. O neoliberalismo também está relacionado à análise; autores como Sen são importantes para entendermos tal colocação. E a recorrência a autores consagrados como Celso Furtado tenta esboçar um caminho no horizonte.
Este artigo faz uma breve introdução ao processo de construção da teoria do Estado e apresenta um exercício de análise política. É argumentado que o estágio atual de desenvolvimento da ciência política evoca a luta de classes como conceito determinante do Estado e que, por isso, toda análise sobre um Estado concreto deve estar baseada nos movimentos das classes reais que são a base dele. Sugere-se que a análise feita para o Estado desenvolvimentista brasileiro do passado pode ser aplicada com alterações para estudar e agir sobre o presente.
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Revista Tomo, 2015
Revista HISTEDBR On-line
Textos de Economia, 1993
Desenvolvimento e Debate, 2019
Inovação no Brasil: avanços e desafios jurídicos e institucionais
Revista Cadernos de Ciências Sociais da UFRPE, 2018
Economia e Sociedade
Revista de Economia Política, 2013
Revista de Economia Política e História Econômica, 2007
Revista Brasileira de Política Internacional, 2014
Tempo Social, 1999
O Novo-Desenvolvimentismo: uma veia brasileira para um problema brasileiro, 2019
IV Seminário CETROS, 2013
Nova Economia, 2013
Revista de Economia Mackenzie, 2021
Pensamento Plural, 2015